É curioso o desplante e desfaçatez com que a classe politica trata os assuntos de estado. Demonstrando um total desrespeito pelos eleitores que os elegeram para servirem o país

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Terça-feira, 21 de Setembro de 2010

Podia mas não era a mesma coisa.

Quando hoje nas notícias ouvi Miguel Macedo, o líder do grupo parlamentar do PSD, falar em chefias e salários, fiquei na dúvida da forma que a informação chega ao comum dos mortais neste canto a saque. 

Alguma coisa não bate certo nas informações sobre os números dos salários de chefias, nas empresas públicas. Ou como muito agora gostam de chamar, empresas intervencionadas pelo sector privado nos lucros. Mas sustentadas nos seus deficites pelo comum contribuinte.

Foi assim que fui consultar um velho Correio da Manhã, que tinha como destino o fundo dos tabuleiros dos canários. Mas que pelos vistos ainda é actual apesar de ser de domingo 27/06/2010. E é numa reportagem perdida no seu interior que salta a vista o título “Sessenta chefes por 6316€ cada. Mas se continuarmos e formos ler a notícia descobrimos que chefes são bem mais que esses 60 e a carreira de chefes tem nalgumas empresas 5 níveis. Como exemplo o salário do chefe nível 5 no metro de Lisboa tem como remuneração inicial de 4145.62€, como se pode confirmar no quadro do Correio da Manhã.

 

O jornal i por seu lado informa que a “CP é líder do ranking de empresas com mais chefias” pelos números apresentados as chefias são 196, ganhando em media 3100€ brutos mensais, mais 500€ de despesa de representação. O que pelos números das outras empresas são um mau exemplo. Já que em media ganham menos de 1000€, que o mais baixo nível de chefia do metro de Lisboa. Ou da sua parceira REFER, que se apresenta com um nível 4 de 5363.00€. Enfim o exemplo podia ser melhor; podia mas não era a mesma coisa.

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